Autores: Lucila Camargo Lopes de Oliveira, Luciana Rodrigues Silva, Jackeline Motta Franco,
Alexandra Sayuri Watanabe, Abelardo Bastos Pinto Júnior, Albertina Capelo, Ana Paula Beltran
Moschione Castro, Antônio Carlos Pastorino, Ariana Campos Yang, Bruno A. Paes Barreto,
Cristina Targa Ferreira, Ekaterini Simões Goudouris, Elisa de Carvalho, Elza Daniel de Melo,
Fabiane Pomiecinski Frota, Germana Pimentel Stefani, Gustavo Falbo Wandalsen, Hélcio
Maranhão, Herberto José Chong Neto, Ingrid Pimentel Cunha Magalhães Souza Lima, Jocemara
Gurmini, José Carlison Santos de Oliveira, José Luiz Magalhães Rios, Mauro Batista de Moraes,
Natália Rocha do Amaral Estanislau, Renata Rodrigues Cocco, Rossiclei Pinheiro, Valéria Botan
Gonçalves, Clóvis Francisco Constantino, Fátima Rodrigues Fernandes, Fábio Chigres Kuschnir,
Dirceu Solé
FONTE: Arq Asma Alerg Imunol – Vol. 9, N° 1, 2025
RESUMO: “A prevalência da alergia alimentar (AA) tem aumentado em todo o mundo, o que a
torna um problema de saúde pública. Responde por parte das reações adversas a alimentos,
tem início geralmente precoce e suas manifestações clínicas variadas dependem dos
mecanismos imunológicos envolvidos (IgE, não IgE ou misto). A identificação das variadas
formas clínicas de apresentação, aliada à aquisição de novos métodos laboratoriais,
possibilitaram a realização do diagnóstico etiológico de modo mais preciso, sobretudo quanto
à reatividade cruzada entre alimentos e mesmo na identificação de marcadores indicativos de
formas clínicas transitórias, persistentes e quadros mais graves. A padronização dos testes de
provocação oral permitiu a sua realização de forma mais segura e possibilitou a sua inclusão
entre as ferramentas disponíveis para confirmação etiológica da AA, assim como a melhor
caracterização da Síndrome da enterocolite induzida por proteína alimentar e da Esofagite
eosinofílica. Apesar da identificação de novos fatores de risco e de novos alérgenos
alimentares, a exclusão do alimento responsável pelas manifestações clínicas continua sendo a
principal conduta terapêutica. Entre os pacientes alérgicos às proteínas do leite de vaca, a
disponibilidade de fórmulas especiais tem facilitado o tratamento substitutivo do leite de vaca
para esses pacientes. A abordagem atual da anafilaxia (forma mais grave de AA mediada por
IgE) é revisada, uma vez que os alimentos são os principais agentes etiológicos em crianças.
Avanços na conduta de algumas manifestações gastrintestinais também são abordados. Na
atualidade, a imunoterapia oral tem sido cada vez mais utilizada, e os imunobiológicos
também são apresentados à luz das evidências científicas e clínicas atuais, assim como
considerações sobre história natural da AA e formas de prevenção da AA. Este documento,
baseado no Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar de 2018, reuniu especialistas no
tratamento da AA (alergologistas, gastroenterologistas, nutrólogos e pediatras) que revisaram
e atualizaram os métodos diagnósticos e esquemas de tratamento disponíveis e empregados
no acompanhamento de pacientes com AA, visando a melhor abordagem terapêutica desses
pacientes.
Comentário: Artigo de revisão brasileiro resumindo o que há de mais atual no diagnóstico e
tratamento de pacientes com alergia alimentar. Artigo não traz grandes novidades em relação
a outros “guidelines” internacionais. Salientamos a citação sobre vacina de Febre Amarela não
está contraindicada em pacientes com alergia a ovo e pode ser aplicada sem a necessidade de
a teste alérgico com a vacina ou fracionamento da dose vacinal. WRF